29/01/2020
Em 31 de dezembro de 2019, o Escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS), na China, foi informado sobre casos de pneumonia de etiologia desconhecida na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China. Em 7 de janeiro de 2020 foi identificado um novo tipo de coronavírus (2019-nCoV).
O 2019-nCoV é um betacoronavírus. Trata-se de um vírus respiratório da família dos coronavírus. Esta família viral é conhecida desde meados de 1960, podendo causar infecções respiratórias em seres humanos e em animais (dromedários, gatos e morcegos) (CDC, 2019; Brasil, 2020). Em geral as infecções causadas por coronavírus cursam entre leves a moderadas. Entretanto, alguns desses vírus podem causar doenças graves de alto impacto importante em saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificadas em 2002 e 2012, respectivamente (Brasil, 2020).
O surgimento do novo vírus e forma de transmissão
Especula-se que o novo vírus tenha surgido a partir de um reservatório animal, uma vez que no início, muitos dos pacientes tinham alguma ligação com um grande mercado de frutos do mar e animais vivos. Entretanto, o que se observa agora são indivíduos infectados sem história de exposição ao mercado, indicando a disseminação de pessoa a pessoa, provavelmente por meio de gotículas respiratórias, de forma semelhante à influenza e outros patógenos respiratórios.
Período de incubação
O período de incubação ainda não está definido, estima-se que varie entre 2 e 14 dias. Entretanto, essas estimativas vão sendo refinadas conforme a maior disponibilidade de dados. (CDC, 2019; WHO, 2020)
Período de transmissibilidade
Ainda não está bem definido o período de transmissibilidade (período em que o indivíduo infectado pode transmitir o vírus) (Brasil, 2020).
Sintomas e gravidade da doença
A gravidade da doença ainda não está clara, uma vez que as manifestações da doença vão desde pouco ou nenhum sintoma até sintomas muito graves (CDC, 2019). Quando os sintomas estão presentes podem incluir febre, tosse e falta de ar.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é realizado por meio de biologia molecular que identifica o material genético do vírus. Não há tratamento específico sendo recomendadas medidas de suporte e medicamentos sintomáticos (WHO, 2020; CDC, 2020). No atendimento, deve-se considerar outros diagnósticos diferenciais pertinentes e manejo clínico (COE, 2020).
Definição de caso suspeito
Em razão da especificidade dos sintomas a definição de caso suspeito está pautada no vínculo epidemiológico.
Caso suspeito de infecção humana pelo 2019-nCoV
Medidas de controle de infecção e conduta frente à casos suspeitos
ISOLAMENTO
AVALIAÇÃO
ENCAMINHAMENTO
Referências
World Health Organization – WHO. Novel Coronavirus(2019-nCoV). Situation Report – 7. Geneva, 2020. [citado 2020 janeiro 27]. Disponível em: https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200127-sitrep-7-2019--ncov.pdf?sfvrsn=98ef79f5_2
Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública, Boletim Epidemiológico. COE Nº 01, Jan. 2020. [citado 2020 janeiro 27]. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/novocoronavirus
Centers for Disease Control and Prevention – CDC. 2019 Novel Coronavirus, Wuhan, China. Frequently Asked Questions and Answers. [citado 2020 janeiro 27]. Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/faq.html
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