Andávamos pelo meio dos anos 90... acho! Nesta década enfrentei muitos desafios pessoais e profissionais, típicos dos nossos 30 e poucos anos. Já tinha participado de uma diretoria anterior, recheada de amigos, líderes e exemplos em infecção hospitalar. Sobrava, no entanto, a dúvida, após as reuniões, de qual era a minha função, minha lição de casa para o "progresso" de nossa entidade.
Foi com surpresa e prazer que aceitei o convite do Edwal Rodrigues para montar uma chapa para a próxima diretoria, e logo assumi a responsabilidade do "tem que dar certo"!
Pensando e ponderando como deveríamos seguir adiante com nova força, intuí que teríamos que ser um grupo bem heterogêneo e que representasse hospitais de vários matizes: grandes, pequenos, públicos, privados, universitários e não, próprios de convênios ou terceirizados. Precisávamos ser variados também: homens, mulheres, e das diferentes profissões que compõem a nossa tribo: médicos, enfermeiras, farmacêuticos, microbiologistas...
E veio o pulo do gato (não sei de onde...). Embora tivesse encontrado as pessoas que me pareciam bons candidatos, liguei para suas chefias, inquirindo o que achariam se os convidasse para representar o Hospital na APECIH, se apoiavam minha escolha ou se teriam uma outra sugestão que melhor representasse aquele hospital. Assim assegurávamos o apoio político do Hospital ao candidato.
Foi um sucesso! E uma confusão! Ninguém era amigo (nem inimigo) de ninguém, éramos quase todos meros conhecidos e com a missão de tocar adiante uma entidade importante para todos nós.
Felizmente Floracy Ribeiro, tinha tido uma experiência recente com profissionais do ramo comportamental que procuravam harmonizar pessoas que, como nós, eram muito diferentes, mas que tinham um objetivo comum. Ela própria iniciou este trabalho que depois profissionalizamos. E deu muito certo... Passamos a trabalhar em conjunto, com missões bem claras e tarefas delegadas e cobradas pelo grupo e que resultaram em multiplicação dos cursos básicos, eventos múltiplos, monografias diversas, maior circulação do jornal da APECIH, representação em todos os níveis governamentais e aumento sistemático no número de sócios. Por generosidade da Marise Freitas que nos repassou o contato, a APECIH e a ABIMO passaram a oferecer um prêmio para o melhor trabalho apresentado em congresso, e que atraiu uma gama enorme de colegas apresentando suas experiências e estudos. Organizamos ainda os fóruns anuais da APECIH, quando assuntos muito específicos e controversos eram debatidos com convidados das associações estaduais e programas governamentais em controle de infecção, além dos principais hospitais terciários do país.
Nosso indicador de resultado foi também econômico e festejamos cada vez que ele foi positivo... com salva de palmas! Tínhamos uma "agenda escondida": a sede própria da APECIH! Assim a associação (e a Dedna) deixaria de ser itinerante, se adequando a pequenos espaços cedidos gentilmente por diferentes hospitais. Não foi completamente possível, mas quase... a gestão seguinte, liderada pela Anna Sara, logo pode adquirir a atual sede, na região da Paulista, facilmente acessível a todos.
Nossa diretoria foi realmente uma experiência única, muito rica para todos nós e para a APECIH... Mas não sei se os agradeci o bastante. Então aí vai...
Muito obrigada, aos antigos colegas e atuais amigos.
Nossa Missão
Criar condições para diminuir a incidência de infecção hospitalar, através de programas de formação e educação, produção e difusão ágil do conhecimento, além de desenvolver vínculos com organizações governamentais para interferir na política de controle de infecção hospitalar.
Nossa Visão
Ser uma entidade independente, de referência nacional em epidemiologia voltada para os serviços de saúde e especialmente para prevenção e controle das infecções a eles relacionadas.
Filosofia de Trabalho
Atender aos nossos clientes com profissionalismo, mantendo postura ética, preservando o caráter multidisciplinar e a credibilidade da associação.